desinspiração inspirada

Dos meus poemas favoritos

Muitos tratam dos dramas mais profundos de seus autores

Talvez por isso agora me falte assunto

Não carrego fortes amores, dores ou rancores





Nessa hora é que percebo

Que sou apenas um ser superficial

O que faço é ler as pessoas e fornecer genuína atenção

Por isso não me julgam como alguém banal





Possivelmente seja isto que busco constantemente

Pessoas com densas histórias que possam me preencher

Não porque me sinto incompleto

Mas para que novos e distintos universos eu sempre possa ver

E com isso erupções meu cérebro possa ter





Chego agora a quarta estrofe

Do que deve ser o vigésimo poema desinspirado e sem assunto

Só faço porque o prazer de escrever me alimenta

O ordenamento das letras de alguma forma aquece meu mundo

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